A Revolta na Babilônia
Nidintu-Bel (em persa antigo Naditabira) era filho de um oficial babilônico chamado Kin-Zer.
Nidintu-Bel |
Arakha |
A Revolta na Pérsia
Enquanto Dario sufocava a rebelião na Babilônia, várias satrápias se rebelavam. Na Pérsia, o usurpador Vahyazdata, imitando Gaumata, fez-se passar pelo verdadeiro Bardiya e recebeu o reconhecimento do povo. Possivelmente de origem nobre, este usurpador era tão poderoso que chegou a nomear um sátrapa para o país de Aracósia onde já havia um sátrapa, Vivana, que havia sido nomeado por Cambises II e que era leal a Dario. Vahyazdata enviou seu sátrapa com um exército para marchar sobre Vivana.O confronto pode ter tido lugar em Kapisakanish, cidadela da capital da Aracósia, a moderna Kandahar no Afeganistão. A batalha ocorreu em 29 de dezembro 522 a.C. com a vitória de Vivana após alguns dias de assédio, mas não houve uma vitória definitiva. Os rebeldes se reagruparam e batalharam novamente, desta vez em Gandutava. O sátrapa de Vahyazdata fugiu com alguns homens a cavalo para uma fortaleza de Aracósia. Vivana perseguiu a pé e os derrotou em 21 de fevereiro 521 a.C. O lado rebelde perdeu mais de 4.500 homens. Acima, representação de Vahyazdata em Behistun. Por fim, Vahyazdata foi derrotado pelo general de Dario Artavardiya em 24 de maio próximo à Rakha (a moderna Behbehân, Irã), e uma segunda vez em 14 de julho perta da montanha Parga (próxima a cidade de moderna Forg). Vahyazdata foi capturado e crucificado.
Vahyasdata |
A Revolta no Elão
Assina |
Martiya |
Revolta na Média
Quando Dario foi suprimiu as rebeliões de Nidintu-Bel e Assina e estava na Babilônia, Fraortes (em persa Frâda), filho de Upadaranma, alcançou tomou o poder na Média. Ele alegou que era um descendente do antigo rei meda Ciaxares e adotou o nome de Khshathrita ao assumir o governo na Média. Ele foi para Ecbátana, a capital da Media, conquistando-a em dezembro de 522 a.C. Fraortes conseguiu simpatizantes na Capadócia e na Armênia na qual houve revoltas. Na mesma época, uma nova rebelião eclodiu no Elão, desta vez sob Martiya, e outras revoltas eclodiram nas províncias da Armênia, da Pártia e da Assíria. Os persas foram incapazes de suprimir a rebelião meda imediatamente. Na inscrição em Behistun, Dario diz que seu general Hidarnes ganhou uma batalha na Marush (Mehriz, ao sul da atual Yazd) em 12 de janeiro 521 a.C. No entanto, essa batalha não foi decisiva e não prejudicou seriamente a posição Fraortes na Média, mas serviu para impedir a invasão da Pérsia pelos medos e impedir de Fraortes fazer contato com outro rebelde, Vahyazdata, para somarem forças. Outro fator a favor de Fraortes era que exército de Dario era formado por tropas medas. Estas tinham servido bem ao rei na Babilônia, mas era improvável que atacassem seu próprio país. Se Dario foi incapaz de estender sua vitória inicial, Fraortes não poderia explorar a situação, já que na Pártia, que era leal à Média, havia uma guarnição persa sob o comando de Histaspes, pai de Dario, que derrotou os partos e seus aliados, os hircanianos. Enquanto os persas da Pártia poderiam atacar sua retaguarda, Fraortes não poderia atacar Dario, que teve tempo para recrutar um novo exército. Na primavera, o líder persa entrou na Média pelo oeste e em 8 de maio 521 derrotou Fraortes em um lugar chamado Kunduru, que é provavelmente a localidade de Behistun. Fraortes fugiu para os partos, mas foi capturado quando estava a caminho do centro religioso dos magos, a cidade de Rhagae (atual Teerã). Dario narra na inscrição de Behistun que ele pessoalmente cortou de Fraortes seu nariz, orelhas e língua, tirou um olho e, por fim, o rebelde meda foi empalado em Ecbátana. Os apoiadores de Fraortes foram esfolados e sua pele recheada com palha. Após esta vitória, Dario foi capaz de enviar tropas para a Armênia e a Pártia, onde seus generais acabaram os rebeldes remanescentes.
Fraortes |
Persas e medos |
A Revolta em Sagartia
Tritantaechmes |
As Revoltas em Margiana, na Lídia e dos Citas
Frada |
Com o grande chapéu pontiaguado, Skunda, líder cita que se rebelou contra Dario I |
Então ele enviou Bageo, filho Artontes, com vários documentos carimbados com o selo real para serem lidos em Sardes, capital da Lídia, na presença de Oretes. Dario queria medir a lealdade dos servos do sátrapa. Vendo Bageo que as diferentes ordens foram ouvidas com respeito e obedecidas, abriu o documento que tinha reservado por último no qual se mandava matar Oretes. Imediatamente a ordem foi executada pelos seguranças do sátrapa que mataram Oretes com suas cimitarras. Possivelmente eles tinham ouvido que as rebeliões contra Dario haviam sido suprimidas e não queriam lutar contra o rei. Otanes, leal apoiador de Dario, foi posto como sátrapa da Lídia no lugar de Oretes. Otanes acrescentou a ilha de Samos ao Império Persa e estabeleceu Siloson como tirano (ditador com poder máximo em relação a democracia grega, mas nesse caso subalterno ao rei persa). Por volta de 520/519 a.C., os citas reconheceram Dario como seu novo rei. Após matar um rei cita rebelde, ele capturou um rei cita chamado Skunka e o substituiu por um outro de acordo com sua vontade. "Em seguida", diz Dario, "a província se tornou minha". Por fim, o governo de Dario I foi estabelecido incontestavelmente e agora havia paz no Império Aquemênida.
REFERÊNCIAS
http://es.wikipedia.org/wiki/Darío_I
http://www.iranica.com/newsite/
http://www.livius.org/da-dd/darius/darius_i_0.html
http://www.mlahanas.de/Greeks/History/DariusIOfPersia1.jpg
http://www.livius.org/va-vh/vahyazdata/vahyazdata.htm
http://www.irantravelingcenter.com/images/bisotoun_inscription.jpg
http://www.livius.org/ne-nn/nidintu-bel/nidintubel.htm
http://ancienthistory.about.com/od/warfareconflictarmor/tp/041908Warriors.htm
http://www.livius.org/person/skunkha/
http://ancienthistory.about.com/od/warfareconflictarmor/tp/041908Warriors.htm
http://www.livius.org/person/skunkha/
Gostei muito do seu blog !!
ResponderExcluirObrigado. Escrevo despretensiosamente, mas sempre fico feliz em poder contribuir. Abraços.
ExcluirParabéns, excelente trabalho!
ResponderExcluirobrigado!
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