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| Moeda com a efígie de Artaxerxes III  | 
Dario, filho mais velho e herdeiro de Artaxerxes II, entrou numa conspiração para assassinar seu pai, mas o plano foi descoberto pelo rei. A corte sentenciou Dario à morte e a posição do herdeiro do trono foi para Ariaspes, um príncipe tranquilo e popular. No entanto, outros conspiradores, entre os quais Oco, terceiro filho do rei, e um dos comandantes da guarda real chamado Tiribazo, convenceram a Ariaspes de que o rei suspeitava que ele era um traidor, o que levou o príncipe ao suicídio. As esperanças do velho rei voltaram-se para o seu quarto filho, Arsames, que também foi assassinado. Em 358, Artaxerxes II morreu com a idade de 94, aparentemente de causas naturais e Oco o sucedeu. Polieno (7,17) afirma que ele ocultou a morte do pai durante 10 meses, de modo que o seu reinado oficial só pode ter começado em 358-57. Ao tornar-se rei, Oco adotou o nome de Artaxerxes e executou seus irmãos, irmãs e outros possíveis rivais (Justino 10.3.1, cf. Cúrcio Rufo, 10.5.23, afirma que 80 irmãos foram assassinados em um só dia).| Artaxerxes III Oco | 
Em cerca de 351, Artaxerxes III iniciou uma campanha para recuperar o Egito, que tinha se libertado do Império desde os dias de seu pai, Artaxerxes II. Ao mesmo tempo, uma revolta eclodiu na Ásia Menor, que, sendo apoiada pela cidade grega de Tebas, ameaçava tornar-se grave. Conduzindo um vasto exército, Artaxerxes marchou para o Egito que encontrava-se sob a liderança de Nectanebo II. Após um ano de luta contra o Faraó do Egito, o qual era auxiliado pelos serviços dos generais grego Diofanto e Lamio, os persas sofreram uma derrota esmagadora. Artaxerxes foi obrigado a recuar e adiar a sua campanha egípcia. Abaixo, representação do faraó Nectanebo II.
Depois disso, Artaxerxes atacou a Sidon conduzindo pessoalmente cerca de 330.000 homens, incluindo 300.000 soldados de infantaria, 30.000 cavaleiros, 300 trirremes, e 500 navios de transporte ou de provisões. Após reunir esse exército, Artaxerxes dirigiu seus esforços para a obtenção de uma assistência eficaz dos gregos. Embora recusasse a ajuda de Atenas e Esparta, conseguiu obter o suporte de mil hoplitas tebanos armados sob o comando de Lacrates, três mil argivos sob Nicostrato, e seis mil eólios, jônios e dórios das cidades gregas da Ásia Menor. A assistência mercenária grega, portanto, era numericamente pequena em relação ao exército oficial, o que lhe dava vantagem na hipótese de deserção dos mercenários, cujo o número foi aumentado pelos mercenários gregos vindos do Egito, que passaram para o lado persa posteriormente, grupo em que Artaxerxes colocou sua confiança e ao qual o sucesso da expedição se devia principalmente. A investida pesada de Artaxerxes abalou a resolução do rei sidonita Tennes, que tentou comprar o seu próprio perdão, através da entrega de uma centena dos principais cidadãos de Sidon nas mãos do rei persa, e em seguida, admitiu-o dentro das defesas da cidade. Artaxerxes ordenou que os cidadãos fossem alvejados por dardos; mais 500 saíram da cidade suplicantes para implorar sua misericórdia, mas o Grande Rei deu-lhes o mesmo destino do grupo anterior. A cidade de Sidon foi então queimada até o chão, seja por Artaxerxes ou pelos cidadãos desesperados de Sidon(Diodoro 16.43.1-45.6; Pompeio Trogo, Prólogo 10; Orósio 3.7.8; Georgius Syncellus 1.486.16 D.). Quarenta mil pessoas morreram no incêndio. Abaixo, tablete babilônico contendo o registro da tomada de sidon por Artaxerxes III.
Artaxerxes vendeu as ruínas de um preço elevado para os especuladores, que calcularam em reembolsarem-se com os tesouros que eles pudessem achar entre as cinzas. Tennes mais tarde foi condenado à morte por Artaxerxes. Outras cidades da Fenícia e da Palestina, então, submeteram-se.Posteriormente, o rei persa enviou os judeus que apoiaram a revolta de Sidon para a Hircânia, na costa sul do Mar Cáspio. As expedições dos generais Bagoas e Orofernes e as deportações de judeus, ordenada por Artaxerxes (Syncellus 1.486.10ff. D.) podem ser combinadas com os eventos registrados no livro judaico (apócrifo) de  Judite. A subjugação de Sidon foi logo seguida pela invasão do Egito. Em 343, Artaxerxes, além de seus 330.000 nativos dos povos do Império Persa, agora tinha uma força de 14.000 gregos fornecidos pelas cidades gregas da Ásia Menor, 4.000 sob a liderança de Mentor de Rodes, que consistia nas tropas enviadas do Egito pelo faraó Nectanebo II para o auxílio de Tennes de Sidon; 3.000 enviados por Argos e 1000 por Tebas. Ele dividiu seu numeroso exército em três grupos e colocou na liderança de cada um persa e um grego. Abaixo, representação de um guerreiro persa.
Os comandantes gregos foram Lacrates de Tebas, Mentor de Rodes e Nicostrato de Argos e os persas foram Rossaces, Aristazanes e Bagoas, o chefe dos eunucos. Nectanebo II resistiu com um exército de 100.000 homens dos quais 20.000 eram mercenários gregos. Nectanebo II ocupou o delta do Nilo e seus vários afluentes, com uma marinha numerosa. O caráter do país, cortado por inúmeros canais, e cheio de cidades fortificadas, estava a seu favor e ele ainda poderia ter esperado para fazer uma prolongada, se não mesmo uma bem-sucedida, resistência, mas o Faraó carecia de bons generais e líderes militares que lhe garantissem a vitória. Os egípcios foram derrotados em Pelúsio e Bubastis no delta.![]()  | 
| Reconstituição de um carro de guerra com arqueiro do período aquemênida  | 
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| Componentes da cavalaria aquemênida | 
As forças persas na Jônia e na Lícia recuperaram seu controle sobre o mar Egeu e no mar Mediterrâneo e tomaram grande parte do domínio insular de Atenas. Isócrates de Atenas, começou seu discurso conclamando uma "cruzada contra os bárbaros", mas não houve força suficiente em qualquer das cidades-estados gregas para responder a seu apelo. Em 341, Artaxerxes retornou a Babilônia, onde aparentemente começou a construir uma grande apadana. Embora não houvesse rebeliões no Império Persa em si, o crescente poder e expansão territorial do rei Felipe II na Macedônia atraiu a consideração de Artaxerxes e ordenou que a influência persa fosse usada para verificar e reprimir o reino ascendente. Em 340, uma força persa foi, portanto, expedida para auxiliar o príncipe trácio, Cersobleptes, para manter a sua independência dos macedônios e os persas ajudaram eficazmente à cidade de Perinto contra o exército numeroso e bem equipado de Felipe que tinha iniciado um cerco, mas com isso foi obrigado a desistir da tentativa. No último ano do governo de Artaxerxes, Felipe II já tinha planos para a invasão do Império Persa, mas os gregos não se uniram a ele.| A Estrada do Exército | 
| Sala das 32 Colunas | 
Em 338 a.C., entre 26 de agosto e 25 de setembro, Artaxerxes III Oco morreu. Segundo Diodoro Sículo, o rei Artaxerxes oprimia seus súditos de forma cruel e áspera, sendo esta a razão por que Bagoas, o poderoso ministro real, procedeu ao envenenamento do Rei e de toda a família real. Deve-se notar, no entanto, que existe uma tábua cuneiforme no Museu Britânico (BM 71537) que afirma que o rei Artaxerxes morreu de causas naturais. Outro fato que contradiz Diodoro é que várias pessoas que teriam, como ele afirma, sido assassinadas, estão vivas durante o reinado de Alexandre, o Grande (por exemplo, Parisatis, filha de Artaxerxes III). De qualquer forma, Bagoas continuou como o ministro mais poderoso do Império influenciado seus rumos. Artaxerxes III foi sucedido por seu filho Arses (Artaxerxes IV). Abaixo, tumba de Artaxerxes III Oco em Naqš-i Rustam, Irã.
REFERÊNCIAS
http://www.iranica.com/newsite/
http://en.wikipedia.org/wiki/Artaxerxes_III
http://lexicorient.com/e.o/artaxerxes3.htm
http://www.livius.org/arl-arz/artaxerxes/artaxerxes_iii_ochus.html
http://www.cais-soas.com
http://iranpoliticsclub.net/photos/U04-Achaemenian3/images/Imperial%20Achaemenian%202%20Horse%20Archer%20War%20Chariot.jpg
http://iranpoliticsclub.net/photos/U04-Achaemenian3/images/Achaemenian%20Cavalry%20Attendants,%20Officer,%20Cavalryman,%20Saka%20Archer%205%20BC.jpg




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